Muitos anos depois de Cristo, ou por aí. Mark, Robbie e Lulu formam a família pós-moderna exemplar. São orgulhosamente liberais, naturalmente laicos, profundamente opinativos, fãs de longos passeios quando voltam a casa de madrugada, ou ao Domingo pelo Shopping numa época em que o Domingo é quando um Homem quer, são capazes de compaixão e sofrem à distância com a fome no Rwanda, comem juntos sempre que necessário e fodem juntos sempre que possível. Unidos mais pelo capricho de se possuírem do que pelo amor da sua união, vão trocando a intimidade pelo simulacro de situações íntimas, a felicidade pela sua versão mais imediata, confortável e descartável.
Estes monstros tão próximos não são apenas as crianças de uma sociedade onde a única gratuitidade é a sua própria natureza violenta, são também os seus pais, e é a sua separação forçada e a chegada de um novo elemento, um jovem prostituto masculino, que irá trazer à tona tudo o que escondem por debaixo da farsa feliz que vão recriando todos os dias.
ENCENAÇÃO – Bruno Dos Reis | Nuno Dos Reis
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO - Iuri dos Santos | Rute da Silva
INTERPRETAÇÃO – Gustavo Caldeira | Inês Marques | João Tarrafa | Luís Duarte Moreira
CENOGRAFIA – Ana Costa
DESENHO de Luz – Regina Pata
SONOPLASTIA – João Monteiro
DESIGN GRÁFICO – Nuno dos Reis
PRODUÇÃO EXECUTIVA – Rita Duque
APOIO À PRODUÇÃO – Teatro do Bolhão
COMUNICAÇÃO - Rute da Silva